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Mostrando postagens de setembro, 2018

Amplitude

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Eu não vim aqui lamentar saudades Nem reclamar distâncias O espaço entre nós não existe Tudo é um vazio preenchido de querer Existem tantas pontes entre mim e você E sabemos nos transportar por elas sem alarde. Nós não somos filhos do tato Somos dois aproveitadores da vontade Bebendo longos goles de um desejo antigo Que nos envolve arrepiando a superfície dos sentidos Despertando em nosso íntimo as lembranças de um tempo que já passou Mas que no entrelaçar das vidas nos fez distantes Somos duas pontas de uma mesma linha E quanto mais caminhamos Maiores nos tornamos sem nos romper Nós deixamos marcas na realidade E o tempo conta as histórias do nosso passado Nas cicatrizes dos nossos atos Somos você e eu, os dois pólos de um mundo nosso Nossas vozes ecoam pela imensidão que nos esconde E no sussurro do vento podemos ouvir as mensagens daquele tempo Que há tanto tempo deixou de ser só nosso Pois nos tornamos amplitude. ​

Parabéns pra ela :)

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G raciosamente ela se instala na sua vida I nterpretando os detalhes do teu íntimo com cuidado S emeia boas virtudes nos seus pensamentos E nquanto te ouve, te vê, te conhece, te reconhece L ibertando no seu interior um tipo de confiança muito peculiar E sabe muito bem como te cativar/cultivar. R ara menina mulher de riso largo e expressivo E la não se contém no revelar e absorver do realmente valioso G osta do gosto da vida e sabe que o amargo também faz parte I nda que aproveite o todo de modo tão sublime N ão se limita apenas ao que é imediato e palpável A flor da pele com raízes na alma; ela é assim. E hoje é o dia dela Não, hoje é o nosso dia Dia de relembrar que no dia de hoje Um pouco ali atrás no tempo ela abriu os olhos para o mundo e nunca mais parou de vê-lo. Talvez ela afunde os pés na areia pra ver o mar Talvez descanse os passos no banco da praça Talvez percorra os olhos num punhado de páginas Talvez se "morene" um pouco sob o sol ou...

Desculpe, eu não sirvo para falar de preconceito!

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Você conhece algum racista cego? (Na minha opinião o brasileiro é um povo ignorante que adora modismo. Tanto que basta se tornar público um caso de racismo numa rede social para que outros tantos sejam cometidos em sequência.) Me restringindo ao preconceito racial, digo que no Brasil o racismo se apresenta de duas formas; Primeira: o racismo é uma “conduta/prática/comportamento” ensinado como algo que é o que que é mesmo que não haja explicação. E não existe explicação para o racismo! Uma explicação se respalda na lógica, trata-se de um raciocínio que contém suporte em experiências e dados. O que existe é argumentação. Nenhum racista é capaz de apresentar qualquer explicação em defesa do preconceito que possui/sente. Segunda: é um discurso justificativo inspirado em estáticas, vitimismo e em um tipo de cultura social tendenciosa e oportunista que potencializa os resultados de sua própria apresentação dos fatos. Esse discurso é repetido pelas pessoas (racistas e vítimas) e pela mídia....

Interitus

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As vezes eu fico observando as pessoas indo e vindo, seguindo o rastros de seus compromissos em seus caminhos decorados e imutáveis mesmo quando existe alguma perturbação. Vejo essas pessoas se arrastando pela inércia de suas obrigações como se fossem escravos de suas próprias escolhas. Poucos são os que sentem satisfação por estarem onde estão, a maioria apenas faz o que deve fazer. São meras engrenagens lubrificadas pela rotina! Somos todos parte de um imenso que nos cabe, mas que não nos pertence; pequenos fragmentos substituíveis apaixonados pela ilusão de que somos únicos de nossa própria forma. Que ingenuidade... Nós não passamos de egos adestrados! Todos os dias somos instruídos sobre como agir, como nos vestir, o que comer, o que fazer, o que pensar... Somos aterrorizados pela mídia que deveria ser informartiva, mas que só serve para nos deixar com medo de tudo. Medo de sair na chuva, medo de viajar de avião, medo de ser assaltado, medo da polícia, do político, do cachorro......

Torpe.

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Venham  Juntem-se a mim os perdidos, os iludidos, os banidos os renascidos e os bandidos  Vamos mergulhar na enxurrada de nós mesmos e afogar nossos pecados no arrependimento agridoce de nossas almas cansadas  Venham de olhos baixos admirando a lama invisível que abraça seus pés pelo indivisível caminho dos mundanos  Venham também os profanos e os publicitários da mentira, contando a mácula do passado que arrastamos, vandalisando os obeliscos da evolução humana  Sejamos empenhados em tecer críticas contra os bons costumes como propaganda para o curtume onde iremos lavar nossos vizinhos bovinos  Vamos observar esses ruminantes mascando o capitalismo, bebendo o consumismo e rindo da desgraça que sentem em nome do justo que os aprisiona Ainda é cedo para contar sobre as ilusões que os cegam mesmo que seja tarde para lançá-los no desfiladeiro da realidade e deixar que vejam o quão ingênuos têm sido  Venham, sentem-se nos assentos agudos da pregui...